A Astrolábio asbl pretende apoiar as ligações entre Portugal e a sua diáspora, onde quer que ela se encontre, numa perspectiva transfronteiriça global e transversal aos mais diversos sectores da sociedade. A Astrolábio propõe-se a perseguir o seu objectivo, de maneira autónoma ou em parceria com outras instituições ou indivíduos, através de actividades tais como, e não exclusivamente, eventos de networking, promoção de intercâmbios entre Portugal e as comunidades de acolhimento, de eventos culturais, sociais ou económicos e de formações.
O Luxemburgo apresenta as condições ideais para estabelecer uma base de trabalho para este movimento de ligação que se pretende de Portugal para a diáspora. Não sendo o Luxemburgo o país que acolhe a maior comunidade portuguesa, é seguramente aquela onde esta tem um peso mais significativo – não só pela sua proporção no total de residentes do país mas também pelo impacto social que esta representa.
Grandes cadeias de distribuição perceberam já que um poder de compra elevado é elemento de relevo para testar produtos novos. Sejam estes comerciais ou sociais. A pequena dimensão geográfica por seu lado facilita o impactar numa percentagem significativa uma grande parte dos sectores sociais da população, e rapidamente obter uma leitura desse impacto.
Na Astrolábio acreditamos que a sociedade é, ainda que heterogénea, una e indivisível. E por isso mesmo estimamos não haver outra forma de encarar o mundo que não a de colocar no mesmo patamar, precisamente, o mundo de negócios e o mundo social. A heterogeneidade de qualquer comunidade é o seu ponto forte, e o enfoque numa só parte só pode resultar em resultados parciais e aquém do desejado. Encaramos com importância o ajudar embaixadas económicas a encontrar os seus pontos de contacto e o promover a exibição dum filme, o distribuir livros ou o ajudar à exportação de produtos puramente comerciais portugueses.
Na Astrolábio acreditamos que a ligação de Portugal com a diáspora é uma avenida de com dois sentidos. Por isso é tão relevante promover a saída de Portugal para o mundo, mas também a ida do mundo para Portugal. Vemos o nosso papel como uma porta de entrada para Portugal nos países de acolhimento das nossas comunidades.
Acreditamos ainda que não devemos desperdiçar energia a reinventar a roda. Muito já se fez neste trabalho de ligação entre Portugal e a diáspora, e muito pode ser utilizado, reutilizado, e enquadrado. A parceria com outras instituições da diáspora é, por isso mesmo, primordial para a persecução dos nossos objectivos.
Por fim, sabemos que a diáspora estará melhor, e que Portugal beneficiará com isso, se contribuirmos para uma plena participação dos nossos concidadãos cá nos países onde vivemos. E é esse o motivo por que achamos que, paralelamente a esse posicionamento de cordão umbilical, devemos contribuir, lá onde os portugueses possam estar, para criar condições de maior inclusão nas sociedades de acolhimento.